terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Complicada essa coisa toda, 
(tentando não ser vilão)
Começo, meio, fim, força,
De 120, 117 anos de solidão.


Difícil pensar em recomeço
(escalando profundo abismo)
Duas semanas por um tropeço;
Quatro mensagens e um sumiço.


Terríveis danos contados
(sentindo a borda escapar)
Verde que se foi em três passos,
Alegria que não vai voltar.


Peito a arfar, aflito
(piscando terra da vista)
Enlace mal consumido
Parceiro que dorme na pista.


Trinta e seis passos para o fim
(agarrando-se em 5 dedos)
Obliteração preparada, fácil assim!
E que suga tudo, menos meus medos.




segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ser e escrever ou escrever então ser.

Eu achava que sentindo bastava, pensando bastava. Mas não. Tem que ser acima de tudo.

É aí que eu travo. Porque eu sinto, penso, escrevo. Mas ser não tem que ser primeiro? Ou será que se é depois que está escrito?

Será que alguém já escreveu tudo o que sou? Ou eu escrevo quem eu vou ser?
Caso eu o faça, será minha próxima existência?


Travei.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Fossa #2


2014 começou bem pra caramba. E olha a representação gráfica dele aí.



Fossa #1


Galero, tô aqui curtindo uma fossazinha, pois terminaram com meu namoro (foda), então algumas próximas postagens serão apenas do gênero "porra...poxa....droga....ai Jesus..."

Começando com a tirinha abaixo...créditos na imagem (bora rir porque chorar é foda):




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

terça-feira, 7 de janeiro de 2014


Quem eu sou?

Sou bonzinho em meio a maldade
sou todo sorriso em meio a tristeza
sou verdadeiro e, hipocrisia socada embaixo do tapete
sou autruista que espera o retorno
sou a férias no paraíso com um cartão sem limites
sou a ambição motivada pelo egoísmo 
e claro sou ser HUMANO!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Dois


Alta e rubra estava a lua cheia.

Não lembrava o número daquele Caçado. 14? 15? Para ela, tanto fazia. Ainda faltavam muitos a serem pegos.

Há meses que a tragédia acontecera. Um ritual antigo, que só a mais velha moradora da vila conhecia em detalhes. Cem jovens homens convocados à sua presença, no velho salão da comunidade. As mulheres eram proibidas de entrar na cerimônia, mas Al foi a primeira mulher em séculos a desobedecer a tradição.

E por isso, pagaria o preço até o último dia de sua vida.

Não havia uma forma de ludibriar a maldição. Ela deveria encontrar os cem monstros criados nas fogueiras de sua aldeia, e no último demônio encontrado, sua vida se extinguiria. Fugir era impossível, posto que uma hora ou outra, uma força irresistível arrastaria-a para o mesmo caminho dos Caçados. Em tese, era possível partir para qualquer outro lugar, porém...

Ao longe, Al pôde escutar o último arquejo da fera. A flecha de ponta de prata estava bem cravada em seu peito, mas de alguma forma, a aberração conseguira correr algumas centenas de metros antes de cair.
A mulher puxou uma flecha emaranhada em pelos e sangue, e com uma leve excitação, esperou o lobisomem voltar à forma humana.

Ele não era Gerrold.

Então, a Caçadora respirou, aliviada.