terça-feira, 31 de dezembro de 2013

"Sempre sonho com coisas que um dia posso encontrar, sonho e sonho de olhos abertos... busco vivenciar entendendo-o como único, sei de todas as pedras, sei de todas as energias, mas o que importa mesmo é o meu sonho, não nasci pra arregar por mais que eu pareça frágil e talvez eu seja, mas meus sonhos vem primeiro... eu peço sempre para que não me ludibriem, não me chamem de mentecapto em outra língua, se resolver me ridicularizar que seja no 8 ou 80, pois eu prefiro assim. Viver o sonho não o obriga a dizer amém a tudo, o sonho não trás consigo regras... sou desregrado se é que existe a palavra e, idiota pelo que acredito, sou estranho, confuso, legal e chato, mas tenho coragem suficiente para sonhar e lutar por alguns sonhos selecionados"

Sweet dreams


Tenho alguns deles, por exemplo:

Sonho com o dia em que todas as pessoas "compromissadas" utilizarão as alianças correspondentes;

Com o e-mail do vendedor do Mercado Livre, com o código de rastreio das encomendas;

Com o a sagrada paciência, emanando dos corações bons (e dos maus também);

Com a melhora dos entes queridos;

Com a Mega Sena da Virada, afinal, são duzentos milhões;

E às vezes, com um mundo de paz.

***


Um Feliz 2014 (a partir de amanhã), para todos vocês aí.

Falows ¬¬

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Eita


Pois é, esse sou eu.

Não me pergunte como alguém com uma mente tão esquisita, consegue ser tão esquisito.

Me aflijo com coisas bestas. Sou dramático. Tenho vergonha de admitir que não manjo dos blogs, e que por isso tenho umas três parcerias super legais que estão aí, largadas, porque não manjo de criar a porra dum banner pros meus projetos (mesmo uma santa amiga me ajudando pacientemente, com vários e vários links e mensagens quase que motivacionais).

Inclusive, meu tratamento psicológico/psicanalítico/psiquiatra, consiste em mandar emails para uma conta que criei com o nome de um psicólogo alienígena (personagem criado por Arthur C. Clarke), contando todos os meus problemas.

Parei de jogar Pokémon.

Parei de escrever.

Parei de usar dorgas.

Parei de tudo.

Eita.

Um


Do alto, a vila parecia minúscula, e o pássaro não perdeu muito tempo com ela.

A lama tinha uma estranha mistura de cinza em sua cor. Os porcos e outros animais chafurdavam na imundície da praça, no centro do aglomerado de ruas e casas.

Havia um casarão fortificado por ali em algum lugar, Mangot sabia, mas desde muito tempo que não era utilizado. Nem no Expurgo o edifício fora requisitado. Então não havia motivo para lembrar dele, concluiu.

Era uma atividade besta. Ir ao mercado, trocar algumas coisas, ficar de olho nos velhos ladrõezinhos. Os mercadores se aproveitavam de um descuido para mudar alguma coisa na troca, então tinha que ficar esperto com isso também; Espantar uma galinha ou porco do caminho, e no processo, repassar mentalmente toda a disposição do lugar, como se pesquisasse a melhor rota de fuga na hora de um aperto.

Mangot logo abandonou as imagens mentais das casas, em troca da lembrança daquele velho comerciante. Não conseguia recordar a quanto tempo ele estava permutando ali, mas não parecia ser há muitos dias. E mais do que isso, ele dera-lhe um embrulho estranho, e que não havia sido trocado. Recusou-se a dizer qualquer coisa, dobrou seus panos do chão e foi-se embora, apressado. como que temendo uma nova Queda.
 
O contemplado quase correu para casa. Por cima do saco de pano rústico, passou o dedo nos contornos do objeto, mas ficou sem ter certeza do que era.

A vila também quis abrir o pacote, ao fazê-lo tropeçar num caminho qualquer e derrubar o embrulho, manchando o pano de lama. Mangot rapidamente resgatou-o e continuou o trajeto, ansioso, como que a esperar algo, coração batendo forte e descompassadamente.

Assim que sentou-se no velho banco de madeira de sua choupana, seus dedos voaram para as tiras que fechavam com um nó o pacote misterioso, mas súbito medo o apanhou.

Teve apenas uma certeza, a de que ao abrir o saco manchado de lama, ele deixaria de ser quem era, pois seu caminho mudaria.

O nó foi desfeito de forma apressada, desajeitada.

E de lá de dentro, Mangot puxou um pergaminho.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Presente


Darei-me um presente de Natal.


Ele será escrito com alma, com orgulho e com sangue. Será belo, trágico, heroico, poético.

Terá o toque do meu ser, essência dos meus pensamentos e os traços dos meus valores.

 - - - - Será o Eu, mas também servirá para você.

Não haverá métrica, mas a ironia que permeia tudo.

Preencherá o espaço entre minhas ideias, o vão entre a parede e o guarda roupa, e o vazio dos meus dias.

Nele caberá aquilo que no mundo não tem espaço, entre sonhos perdidos e uma espada de mágico aço.

 - - - - Com aquelas esperanças depositadas no ralo.


Nele, meus conflitos serão resolvidos (jamais esquecendo a dramaticidade, pois sem ela, não teria a segunda linha); Meu quadro feliz será verdadeiro, pois só terá as cores que posso conceber.

Quem provar não reconhecerá sabor. Ele virá de mim, produto de minha descrença.

E de um universo de coisas, ele será meu início. E também um lugar para onde voltar.

- - - - Onde nada é coeso e tudo é ocaso.

Darei-me um presente de Natal.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Diálogo

Com "Eu, o Cara do Computador"

***

Há alguns dias, uma funcionária me ligou, dizendo que não estava conseguindo instalar um software da Receita Federal no computador, aparecia uma mensagem de erro, travava a máquina, ai meu Deus, preciso disso pra agora, não me importa que ainda 07h30 e você só trabalha a partir das 08h00.

Como bom func…. Como boa pessoa, esperei. Não ganho antes das 08h00. Três minutos mais tarde, ela novamente. Já está vindo? Claro que não.
Mais um minuto. Olha, preciso disso pra agora. Olho no relógio (olho no relógio, ôlho no relógio). Ainda não são 08h00.

Um minuto após meu horário de entrada, como boa gente, fui verificar o problema. Afinal, estudei pra isso, certo? Chego lá, a dona me recebe com aquele olhar de “te liguei faz tempo”, respondo com aquele que diz “não me importo”, e iniciei minha jornada.

Primeiro: O raio do software já estava instalado.

Segundo: O atalho que ela estava clicando (?????) era um ícone. O “desenho” que representa qualquer software no computador.

Terceiro: Perguntei, gentilmente, quando a mensagem de erro daria o ar de sua graça. A funcionária me instruiu, não sem um pouco de indelicadeza, a continuar com a (re) instalação, pois logo ela apareceria. E ei-la:

“O SOFTWARE FOI INSTALADO COM ÊXITO. CLIQUE ‘OK’ PARA SAIR”.

***

Enfim, na faculdade tivemos prova de eliminação de matérias (de uma matéria que tem aula semana sim, semana não). Em meia hora terminei, afinal, o que são dez questões alternativas? E fui jogar tênis de mesa (tênis de mesa? pingue pongue? Acerte a lâmpada?) no corredor.

Se fosse fazer um resumo, seria bem simples, treze partidas, duas vitórias, risos e a desculpa de que a intenção era apenas me divertir (postura, distância da mesa, posição do braço, força e visão, não me esquecer desses itens). Com a gargalhada morta ao sair do corredor, dirigi-me ao ponto de ônibus, pensando nas minhas infinitas habilidades não aprofundadas que na verdade só me atrapalham.

Chegando lá, um homem, seu cigarro, uma mulher e o vento. Mais uma dama surge.

“Oi, você viu se tal ônibus já passou” – me pergunta. Respondo que estou esperando-o também.

A outra senhora, então, inicia uma agradável conversa com sua colega sobre como um ônibus tão útil poderia ser ao mesmo tempo tão demorado. E perguntou-lhe seu nome.

Esse momento foi crucial para a minha noite. Eu ali, várias vezes derrotado em um jogo, tendo feito uma prova para eliminar uma matéria que eu mal tinha a aula, com a rinite atacada por causa da fumaça do cigarro do simpático homem, com milhões de coisas técnicas na cabeça e um blog de Literatura (que ninguém lê) pra cuidar….e as duas senhoras se conhecendo!

Sendo que tudo o que eu queria naquele momento era que alguém perguntasse o meu nome, como se apenas dizê-lo pudesse definir o que sou (“A maldição está em ti, não no teu nome”).

Assim que cheguei em casa, larguei mão da minha crise e fui jogar um Rpg.

Jogo que, aliás, já zerei várias vezes, com a ajuda de um tutorial da Internet.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Prólogo

As pombas voavam rumo ao céu azul, enquanto as torres ardiam como se estivessem no inferno.

Ao longe, uma figura solitária observava a cena. O pôr do sol acrescentava ainda mais melancolia ao cenário, com o crepitar das chamas, os papéis queimados que voavam, e o desespero das pessoas.

O vale lá embaixo devolvia o olhar do estranho junto com um burburinho, que nada mais era que o grito da coletividade tentando salvar seus pertences. Quando uma das torres caiu, a silhueta não se moveu. 

Mas assim que o espetáculo findou, ela lentamente virou as costas, e se foi.

Prefácio - História Aleatória


A "História Aleatória" é pra ser bem isso mesmo. Aleatória.

Estava de bobeira quando o conceito surgiu na minha cabeça. Do nada. Quase como um peido. Mas não se deixe enganar pela origem da ideia, afinal, tudo na nossa mente é abstrato (servindo a linguagem para expressar aos outros toda a nossa loucura), e as abstrações podem ter interpretações diversas. 

Não peço que encare isso como algo sério, ou cômico, ou belo, ou feio, ou sei lá mais o quê. Gostaria que você se divertisse, como eu vou me divertir escrevendo a "H.A". E antes que me pergunte o porquê: 
Oras, porque eu não tenho a menor ideia do que escrever! Sei que algo deve ter começo, meio, fim, ou às vezes nada disso, mas aqui a conversa será outra. 

Eu posso escrever algo como "e os pombos voaram rumo ao céu azul" no primeiro parágrafo, e no seguinte, dizer coisas parecidas com "e as torres arderam como se estivessem no inferno".

E de coisas aparentemente sem sentido, eu quero construir uma história. Aleatória.

Simples assim.

Se bem que "E os pombos voaram rumo ao céu azul" daria um ótimo começo...

sábado, 14 de dezembro de 2013

Alcoólatra EU?

 "HOje eu dividi meu vinho tinto de mesa suave bordô com quem estava ao meu lado, ouvi suas risadas e suas lamúrias, ouvi e ouvi com muita atenção, enquanto isso discutia comigo mesmo o sabor do meu vinho barato, pensei que talvez estivesse muito suave, ou, com muito açúcar, pensei o porque de mesa e não da pia...
Minha mente viaja, o sorriso já é fácil, minha mente se acelera e eles ainda falam de coisas que pensam que me fazem rir, eu sorrio e sorrio, mas não sei o que estão falando... Então eu penso onde essa maravilha barata fora produzida, e penso com cada sentido de meu corpo que ainda funciona, com o cérebro rápido e lento ao mesmo tempo, e gosto, sim eu gosto do sentido de plenitude e leveza e nesse momento eles discutem o futebol e eu, penso que bom que meu copo ainda está cheio e é claro concordo com a maioria, sou fã sim do Neymar, mesmo não ligando a mínima pra ele e penso que ele não faz a menor idéia de que eu exista e então... dane-se... e penso será que o produtor faz uso de sua obra barata (vinho), porém feita com muito amor e intenção de embriagues, não sei ta ai uma dúvida da qual nessa roda de eloquentes gostaria de sanar!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ah...


Aquela época em que abre o e-mail e não vê uma mensagem bonita; Dá um sorriso e recebe em troca uma cara fechada; Diz um bom dia e escuta uma onomatopeia qualquer.

Aquela época em que quer desesperadamente esquecer do mundo, e ficar enrolado ao redor do próprio corpo como um gato, desbravando os limites de sua mente e redescobrindo que sim, você não mudou, sua mente, corpo e espírito, habilidade e gênio, e que ninguém, ninguém, eu disse!, pode tirar isso de você.

Ciúmes



Obama, ela está fria e distante com você?





Sei como se sente, cara...vem aqui...




De cá um abraço, camarada...isso aí é uma merda, cara...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Eu, o Cara do Computador

Hoje cedo, bem cedo, o despertador tocou. Tive de acordar, iria fazer o que.

Então tomei coragem e cliquei no ícone do Pou para saber se o Juju precisava de mim. Ele estava imundo, com cara de doente e a boquinha pra baixo, todo cabisbaixo mesmo. Dei banho, remédio, comida. Brincamos de bola. Juju estava feliz e satisfeito, inchado mesmo de tanto comer. Logo meu dia já seria melhor.

Assim que coloquei os pés no chão, vem meu cachorro Ramela. Vira lata, gente boa. Mas parece que nunca está satisfeito, quando não quer sair, quer que eu jogue a bolinha. Fora quando ele faz xixi em algum lugar impróprio da casa, tipo meu quarto.

Me espreguicei e fui checar os emails. Meu chefe estava atrás de mim (quase literalmente rs, piada infame), mas não sei por que diabos ele não me ligou. Ah, sim - meu celular estava sem sinal. Eu poderia estar com os dias contados do meu emprego.
Vesti a primeira roupa que encontrei, sapato, lavei o rosto, quando percebi já estava na cozinha.

"O cachorro está doente", "Você precisa pagar as contas", "Vê se come direito" e blá blá blá. Não sei mais o que ouvi, saí as pressas.

Chegando ao trabalho, me vem um mendigo pedindo dinheiro para comprar pão. Estava óbvio que era pra cachaça, esses caras vagabundos não querem saber de outra coisa. Senão nem estariam nessa vida, concordam? Eu sou completamente contra o bolsa família, porque isso é coisa de quem não quer trabalhar. Mas se vem um cara aos trapos e mal cheiro, me pedindo dinheiro - com a bolsa família aí, pra todo mundo - ah ele tem mesmo que pastar. Enquanto eu estudo, trabalho, como o pão que o diabo amassou pra ter uma vida digna e ainda pago o dizimo pra igreja, me vem esse cachaceiro querendo me extorquir. Brasileiro é uma raça vagabunda mesmo, por isso que eu faço a diferença. Na primeira oportunidade que eu tiver, sairei desse país.