terça-feira, 31 de dezembro de 2013

"Sempre sonho com coisas que um dia posso encontrar, sonho e sonho de olhos abertos... busco vivenciar entendendo-o como único, sei de todas as pedras, sei de todas as energias, mas o que importa mesmo é o meu sonho, não nasci pra arregar por mais que eu pareça frágil e talvez eu seja, mas meus sonhos vem primeiro... eu peço sempre para que não me ludibriem, não me chamem de mentecapto em outra língua, se resolver me ridicularizar que seja no 8 ou 80, pois eu prefiro assim. Viver o sonho não o obriga a dizer amém a tudo, o sonho não trás consigo regras... sou desregrado se é que existe a palavra e, idiota pelo que acredito, sou estranho, confuso, legal e chato, mas tenho coragem suficiente para sonhar e lutar por alguns sonhos selecionados"

Sweet dreams


Tenho alguns deles, por exemplo:

Sonho com o dia em que todas as pessoas "compromissadas" utilizarão as alianças correspondentes;

Com o e-mail do vendedor do Mercado Livre, com o código de rastreio das encomendas;

Com o a sagrada paciência, emanando dos corações bons (e dos maus também);

Com a melhora dos entes queridos;

Com a Mega Sena da Virada, afinal, são duzentos milhões;

E às vezes, com um mundo de paz.

***


Um Feliz 2014 (a partir de amanhã), para todos vocês aí.

Falows ¬¬

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Eita


Pois é, esse sou eu.

Não me pergunte como alguém com uma mente tão esquisita, consegue ser tão esquisito.

Me aflijo com coisas bestas. Sou dramático. Tenho vergonha de admitir que não manjo dos blogs, e que por isso tenho umas três parcerias super legais que estão aí, largadas, porque não manjo de criar a porra dum banner pros meus projetos (mesmo uma santa amiga me ajudando pacientemente, com vários e vários links e mensagens quase que motivacionais).

Inclusive, meu tratamento psicológico/psicanalítico/psiquiatra, consiste em mandar emails para uma conta que criei com o nome de um psicólogo alienígena (personagem criado por Arthur C. Clarke), contando todos os meus problemas.

Parei de jogar Pokémon.

Parei de escrever.

Parei de usar dorgas.

Parei de tudo.

Eita.

Um


Do alto, a vila parecia minúscula, e o pássaro não perdeu muito tempo com ela.

A lama tinha uma estranha mistura de cinza em sua cor. Os porcos e outros animais chafurdavam na imundície da praça, no centro do aglomerado de ruas e casas.

Havia um casarão fortificado por ali em algum lugar, Mangot sabia, mas desde muito tempo que não era utilizado. Nem no Expurgo o edifício fora requisitado. Então não havia motivo para lembrar dele, concluiu.

Era uma atividade besta. Ir ao mercado, trocar algumas coisas, ficar de olho nos velhos ladrõezinhos. Os mercadores se aproveitavam de um descuido para mudar alguma coisa na troca, então tinha que ficar esperto com isso também; Espantar uma galinha ou porco do caminho, e no processo, repassar mentalmente toda a disposição do lugar, como se pesquisasse a melhor rota de fuga na hora de um aperto.

Mangot logo abandonou as imagens mentais das casas, em troca da lembrança daquele velho comerciante. Não conseguia recordar a quanto tempo ele estava permutando ali, mas não parecia ser há muitos dias. E mais do que isso, ele dera-lhe um embrulho estranho, e que não havia sido trocado. Recusou-se a dizer qualquer coisa, dobrou seus panos do chão e foi-se embora, apressado. como que temendo uma nova Queda.
 
O contemplado quase correu para casa. Por cima do saco de pano rústico, passou o dedo nos contornos do objeto, mas ficou sem ter certeza do que era.

A vila também quis abrir o pacote, ao fazê-lo tropeçar num caminho qualquer e derrubar o embrulho, manchando o pano de lama. Mangot rapidamente resgatou-o e continuou o trajeto, ansioso, como que a esperar algo, coração batendo forte e descompassadamente.

Assim que sentou-se no velho banco de madeira de sua choupana, seus dedos voaram para as tiras que fechavam com um nó o pacote misterioso, mas súbito medo o apanhou.

Teve apenas uma certeza, a de que ao abrir o saco manchado de lama, ele deixaria de ser quem era, pois seu caminho mudaria.

O nó foi desfeito de forma apressada, desajeitada.

E de lá de dentro, Mangot puxou um pergaminho.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Presente


Darei-me um presente de Natal.


Ele será escrito com alma, com orgulho e com sangue. Será belo, trágico, heroico, poético.

Terá o toque do meu ser, essência dos meus pensamentos e os traços dos meus valores.

 - - - - Será o Eu, mas também servirá para você.

Não haverá métrica, mas a ironia que permeia tudo.

Preencherá o espaço entre minhas ideias, o vão entre a parede e o guarda roupa, e o vazio dos meus dias.

Nele caberá aquilo que no mundo não tem espaço, entre sonhos perdidos e uma espada de mágico aço.

 - - - - Com aquelas esperanças depositadas no ralo.


Nele, meus conflitos serão resolvidos (jamais esquecendo a dramaticidade, pois sem ela, não teria a segunda linha); Meu quadro feliz será verdadeiro, pois só terá as cores que posso conceber.

Quem provar não reconhecerá sabor. Ele virá de mim, produto de minha descrença.

E de um universo de coisas, ele será meu início. E também um lugar para onde voltar.

- - - - Onde nada é coeso e tudo é ocaso.

Darei-me um presente de Natal.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Diálogo

Com "Eu, o Cara do Computador"

***

Há alguns dias, uma funcionária me ligou, dizendo que não estava conseguindo instalar um software da Receita Federal no computador, aparecia uma mensagem de erro, travava a máquina, ai meu Deus, preciso disso pra agora, não me importa que ainda 07h30 e você só trabalha a partir das 08h00.

Como bom func…. Como boa pessoa, esperei. Não ganho antes das 08h00. Três minutos mais tarde, ela novamente. Já está vindo? Claro que não.
Mais um minuto. Olha, preciso disso pra agora. Olho no relógio (olho no relógio, ôlho no relógio). Ainda não são 08h00.

Um minuto após meu horário de entrada, como boa gente, fui verificar o problema. Afinal, estudei pra isso, certo? Chego lá, a dona me recebe com aquele olhar de “te liguei faz tempo”, respondo com aquele que diz “não me importo”, e iniciei minha jornada.

Primeiro: O raio do software já estava instalado.

Segundo: O atalho que ela estava clicando (?????) era um ícone. O “desenho” que representa qualquer software no computador.

Terceiro: Perguntei, gentilmente, quando a mensagem de erro daria o ar de sua graça. A funcionária me instruiu, não sem um pouco de indelicadeza, a continuar com a (re) instalação, pois logo ela apareceria. E ei-la:

“O SOFTWARE FOI INSTALADO COM ÊXITO. CLIQUE ‘OK’ PARA SAIR”.

***

Enfim, na faculdade tivemos prova de eliminação de matérias (de uma matéria que tem aula semana sim, semana não). Em meia hora terminei, afinal, o que são dez questões alternativas? E fui jogar tênis de mesa (tênis de mesa? pingue pongue? Acerte a lâmpada?) no corredor.

Se fosse fazer um resumo, seria bem simples, treze partidas, duas vitórias, risos e a desculpa de que a intenção era apenas me divertir (postura, distância da mesa, posição do braço, força e visão, não me esquecer desses itens). Com a gargalhada morta ao sair do corredor, dirigi-me ao ponto de ônibus, pensando nas minhas infinitas habilidades não aprofundadas que na verdade só me atrapalham.

Chegando lá, um homem, seu cigarro, uma mulher e o vento. Mais uma dama surge.

“Oi, você viu se tal ônibus já passou” – me pergunta. Respondo que estou esperando-o também.

A outra senhora, então, inicia uma agradável conversa com sua colega sobre como um ônibus tão útil poderia ser ao mesmo tempo tão demorado. E perguntou-lhe seu nome.

Esse momento foi crucial para a minha noite. Eu ali, várias vezes derrotado em um jogo, tendo feito uma prova para eliminar uma matéria que eu mal tinha a aula, com a rinite atacada por causa da fumaça do cigarro do simpático homem, com milhões de coisas técnicas na cabeça e um blog de Literatura (que ninguém lê) pra cuidar….e as duas senhoras se conhecendo!

Sendo que tudo o que eu queria naquele momento era que alguém perguntasse o meu nome, como se apenas dizê-lo pudesse definir o que sou (“A maldição está em ti, não no teu nome”).

Assim que cheguei em casa, larguei mão da minha crise e fui jogar um Rpg.

Jogo que, aliás, já zerei várias vezes, com a ajuda de um tutorial da Internet.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Prólogo

As pombas voavam rumo ao céu azul, enquanto as torres ardiam como se estivessem no inferno.

Ao longe, uma figura solitária observava a cena. O pôr do sol acrescentava ainda mais melancolia ao cenário, com o crepitar das chamas, os papéis queimados que voavam, e o desespero das pessoas.

O vale lá embaixo devolvia o olhar do estranho junto com um burburinho, que nada mais era que o grito da coletividade tentando salvar seus pertences. Quando uma das torres caiu, a silhueta não se moveu. 

Mas assim que o espetáculo findou, ela lentamente virou as costas, e se foi.

Prefácio - História Aleatória


A "História Aleatória" é pra ser bem isso mesmo. Aleatória.

Estava de bobeira quando o conceito surgiu na minha cabeça. Do nada. Quase como um peido. Mas não se deixe enganar pela origem da ideia, afinal, tudo na nossa mente é abstrato (servindo a linguagem para expressar aos outros toda a nossa loucura), e as abstrações podem ter interpretações diversas. 

Não peço que encare isso como algo sério, ou cômico, ou belo, ou feio, ou sei lá mais o quê. Gostaria que você se divertisse, como eu vou me divertir escrevendo a "H.A". E antes que me pergunte o porquê: 
Oras, porque eu não tenho a menor ideia do que escrever! Sei que algo deve ter começo, meio, fim, ou às vezes nada disso, mas aqui a conversa será outra. 

Eu posso escrever algo como "e os pombos voaram rumo ao céu azul" no primeiro parágrafo, e no seguinte, dizer coisas parecidas com "e as torres arderam como se estivessem no inferno".

E de coisas aparentemente sem sentido, eu quero construir uma história. Aleatória.

Simples assim.

Se bem que "E os pombos voaram rumo ao céu azul" daria um ótimo começo...

sábado, 14 de dezembro de 2013

Alcoólatra EU?

 "HOje eu dividi meu vinho tinto de mesa suave bordô com quem estava ao meu lado, ouvi suas risadas e suas lamúrias, ouvi e ouvi com muita atenção, enquanto isso discutia comigo mesmo o sabor do meu vinho barato, pensei que talvez estivesse muito suave, ou, com muito açúcar, pensei o porque de mesa e não da pia...
Minha mente viaja, o sorriso já é fácil, minha mente se acelera e eles ainda falam de coisas que pensam que me fazem rir, eu sorrio e sorrio, mas não sei o que estão falando... Então eu penso onde essa maravilha barata fora produzida, e penso com cada sentido de meu corpo que ainda funciona, com o cérebro rápido e lento ao mesmo tempo, e gosto, sim eu gosto do sentido de plenitude e leveza e nesse momento eles discutem o futebol e eu, penso que bom que meu copo ainda está cheio e é claro concordo com a maioria, sou fã sim do Neymar, mesmo não ligando a mínima pra ele e penso que ele não faz a menor idéia de que eu exista e então... dane-se... e penso será que o produtor faz uso de sua obra barata (vinho), porém feita com muito amor e intenção de embriagues, não sei ta ai uma dúvida da qual nessa roda de eloquentes gostaria de sanar!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ah...


Aquela época em que abre o e-mail e não vê uma mensagem bonita; Dá um sorriso e recebe em troca uma cara fechada; Diz um bom dia e escuta uma onomatopeia qualquer.

Aquela época em que quer desesperadamente esquecer do mundo, e ficar enrolado ao redor do próprio corpo como um gato, desbravando os limites de sua mente e redescobrindo que sim, você não mudou, sua mente, corpo e espírito, habilidade e gênio, e que ninguém, ninguém, eu disse!, pode tirar isso de você.

Ciúmes



Obama, ela está fria e distante com você?





Sei como se sente, cara...vem aqui...




De cá um abraço, camarada...isso aí é uma merda, cara...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Eu, o Cara do Computador

Hoje cedo, bem cedo, o despertador tocou. Tive de acordar, iria fazer o que.

Então tomei coragem e cliquei no ícone do Pou para saber se o Juju precisava de mim. Ele estava imundo, com cara de doente e a boquinha pra baixo, todo cabisbaixo mesmo. Dei banho, remédio, comida. Brincamos de bola. Juju estava feliz e satisfeito, inchado mesmo de tanto comer. Logo meu dia já seria melhor.

Assim que coloquei os pés no chão, vem meu cachorro Ramela. Vira lata, gente boa. Mas parece que nunca está satisfeito, quando não quer sair, quer que eu jogue a bolinha. Fora quando ele faz xixi em algum lugar impróprio da casa, tipo meu quarto.

Me espreguicei e fui checar os emails. Meu chefe estava atrás de mim (quase literalmente rs, piada infame), mas não sei por que diabos ele não me ligou. Ah, sim - meu celular estava sem sinal. Eu poderia estar com os dias contados do meu emprego.
Vesti a primeira roupa que encontrei, sapato, lavei o rosto, quando percebi já estava na cozinha.

"O cachorro está doente", "Você precisa pagar as contas", "Vê se come direito" e blá blá blá. Não sei mais o que ouvi, saí as pressas.

Chegando ao trabalho, me vem um mendigo pedindo dinheiro para comprar pão. Estava óbvio que era pra cachaça, esses caras vagabundos não querem saber de outra coisa. Senão nem estariam nessa vida, concordam? Eu sou completamente contra o bolsa família, porque isso é coisa de quem não quer trabalhar. Mas se vem um cara aos trapos e mal cheiro, me pedindo dinheiro - com a bolsa família aí, pra todo mundo - ah ele tem mesmo que pastar. Enquanto eu estudo, trabalho, como o pão que o diabo amassou pra ter uma vida digna e ainda pago o dizimo pra igreja, me vem esse cachaceiro querendo me extorquir. Brasileiro é uma raça vagabunda mesmo, por isso que eu faço a diferença. Na primeira oportunidade que eu tiver, sairei desse país.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Oi, olá, boa noite

Recebi o convite para escrever, e aqui estou.

Agora, sobre o que, para que(m), o que vou fazer, não sei.

Minha vida não é dessas poesias bonitas, com rimas e flores. Tambem não é dessas com tempestades e dores. Sou poema, e aqui me apresento em palavras.

Talvez eu mude minha história, talvez eu ria e chore com mais vontade. Porque agora tudo pode mudar. Penso eu, recebi finalmente o convite para ser quem eu quiser. Parece-me tentador.

Vou jantar.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Carcaça


Rua ladeada de árvores velhas chuva cai cai não para para para pronto escuridão, escuridão, bichos voam e a noite vai alta.
Escorrega na lama procura apoio do concreto rachado aquilo indo vindo louco insano impuro maldito carcaça lá, chuva que cai cai sem parar não quer parar para para para porra.

Vento levanta folhas velhas lugares secos que caem outros molhdos, calça molhada joelho ralado, prostrado volume na calça desejo de raça agachado desejo na boca pelo no rosto.

Cachorro morto jogado embaixo da árvore ao lado.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Embrião

Tô com  o embrião de um conto de horror na cabeça, mas tá foda de construir o ambiente. Envolve basicamente uma tanatopraxista (veja aqui o que faz esse profissional) em um dia atípico de trabalho.

Provavelmente, terei de ler algo de Lovecraft ou Poe pra me acostumar com o gênero...mas garanto que a ideia é macabra pra caramba; A personagem não será estritamente fiel à profissão, no mínimo a galera que trabalha com isso tem um código ético que COM CERTEZA, minha protagonista não irá seguir...

Enfim...aguardem. Ou não.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

EU E EU MESMO!

"Se sinto! Meu coração bate,
se me embriago é pela vida que precisa de eloquência,
se te amo é porque me convém ser amado...
se fico triste é pq que me pego a pensar, logo chego a conclusão que imediatamente preciso voltar a sorrir,
se não sinto amor, preciso verificar meus batimentos cardíaco,
se estou bravo também preciso entender que não sou de ferro e que tudo, tudo mesmo um dia passa ou mesmo acaba...
Sou assim e sou a não...
Sou feliz e por vezes triste... e preciso de muito temperamento, pois total alegria ou mesmo total tristeza é onde mora o perigo chamado insanidade...
Vivo por todos sentimentos, prezo por todos os sentidos mesmo que Eu não faça sentido algu
m!"

terça-feira, 19 de novembro de 2013


"Por favor! esvazie-me,
viverei de mim para mim...
Por favor, ludibrie-me,
entenderei que sim quando não...
Por favor! me ouça,
serei a favor, só que não...
Por favor! grite progresso,
eu estou em recesso...
Por favor! salve-me de mim,
eu posso dizer?!
Por favor! ajude-me a por um fim no hoje,
e esperar pelo amanhã...
E por favor! na dúvida do não,
me diga que sim!!!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Minha estrada, minha continuação...


Ah!!! São tantas estradas,
Há tantas bifurcações,
Há estradas que contem mato de ambos os lados e céu, um lindo céu azul,
há estradas cercadas de prédios, fumaças que tornam o céu cinza nebuloso e triste..
Há estradas contendo pessoas de muitos lugares indo pra lugares opostos...
todos seguem numa estrada mesmo sem saber o que encontrará no então destinos almejado...
todos sonham com intensidade e seguem suas estradas, atravessando por pontos totalmente diferente do imaginado, mas enfim... encontram seus destinos, mas nunca será o final da estrada, 
precisamos trassar sempre novos caminhos, novas conquistas e em meio a tudo isso nasce um novo caminho, uma nova estrada..
Sigo muitas estradas e, sempre penso na próxima estrada a ser percorrida...
Minha estrada, minha esperança... minha VIDA.
MINHA CONTINUAÇÃO...

Desmotivacional - Pedro Bandeira



Vi aqui.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"Folhas verde folhas!"

folhas grandes
folhas pequenas
folhas médias
são sempre folhas
folhas que tudo vêem
folhas que tudo sabem
mesmo as folhas velhinhas quase secas, mas ainda são folhas por vidas
folhas sei que tem muito a dizer, sei que tudo guarda e tudo suporta, mas ainda assim encanta nossos jardins,
folhas, não digam nada sobre mim, me proporcione apenas sombras
segure a luz do sol, me proporcione frescor...
folhas, não sintam pena de mim... não estou triste estou apenas assim,
folhas ao cair da noite continuarei aqui... falando sozinho ou pra vocês, mas me deixem aqui, não sintam pena de mim!!!



Ps: o português está horrível, apreciem apenas a ideia... i'm so sorry! 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Eu meu e Seu!

Eu sentiria a dor do enfermo, mas estou voltado demais para mim,
Daria minha fortuna para acabar com a fome na Africa, mas preciso de dinheiro e poder,
Brigaria pelas causas do povo, mas antes as minhas,
Dormiria na rua junto daqueles desfavorecidos de pobreza e ricos de miséria, mas meu colchão francês 3x3 ficaria frio e sozinho,
Daria preferência a saúde sendo político, mas pq se meu convênio é SÍRIO LIBANÊS,
Resolveria os problemas de mal tratos para com as crianças, mas pq? Se nem filhos pretendo ter;
Mas quem sou eu, esse cara tão egoísta, descarado e tão sincero?
Eu sou vocês! Sim todos vocês escondidos atrás dos seus bons costumes e índoles e que no final se importam apenas consigo mesmos!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

NÃO MORRI POR ISSO

"Eu joguei videogame onde tinha que matar pessoas.

Eu comi Coca-Cola e tomei salgadinho no café da manhã. Eu já fiquei dias na frente do computador, cuidando da vida dos outros no Orkut. Tive meu primeiro celular aos oito anos, e minha primeira namorada aos 18. Eu tinha medo de falar com as pessoas aos 13.

Eu preferia ficar em casa jogando videogame ou assistindo anime ao invés de ir ao litoral com a família. É, eu paguei 2 mil reais num smartphone, e pagaria de novo se precisasse.

Eu preferia shoppings se tivesse que sair de casa. Gostei de músicas que não faziam sentido nenhum pra mim. Tirei sarro de muita gente, adorava praticar bullying com gordos, negros, magros, estranhos e retardados, e eventualmente era vítima também, por ser gordo. Já curei doença me consultando com Dr. Google.

Já li a Veja, o Estadão, assisti aulas de Olavo de Carvalho, já ouvi funk, já fumei maconha e já me relacionei com pessoas do mesmo sexo. Já votei no PSDB, já fui fã de outro país e rechacei a minha própria nação.

Já xinguei meus pais, já menti, já enganei. Já assisti BBB e A Fazenda, e Casa dos Artistas antes disso.

Já fiz tudo que hoje as pessoas criticam. E tou vivo."

terça-feira, 20 de agosto de 2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

We're still alive


Exatamente, nós ainda estamos vivos, ou o que quer que isso signifique em Português.

Como assim, "nós"? Nós, ora, Jurema, Noronha e eu. Escrevemos aqui, sabia? E inclusive, estamos preparando um incrível relato de nossa ausência, e olha que é um parto fazer o Noronha trabalhar em equipe.

Ficamos umas semanas fora porque resolvemos partir numa jornada (Pokémon) mística, cada um procurando uma coisa. Jurema, procurando seu verdadeiro ser interior, eu procurando Pokémons, e o Noronha procurando o caminho de volta. Foi um longo, difícil e doloroso percurso, mas cada qual conseguiu aquilo que queria; Voltamos mais sábios, fortes e cientes de nosso dever para com Deus e os homens. Quer dizer, talvez dois de nós, somente. O terceiro continua a insistir que perdeu seu isqueiro durante a viagem.

Enfim, apenas para dizer que, ainda estamos aqui, vivos. E vai uma foto do meu objetivo alcançado, o bicho grudou na lente da câmera.






quarta-feira, 31 de julho de 2013

Simplesmente simples assim!

"E abaixado com os cotovelos apoiados em meus joelhos, em meio aos trilhos do trem... eu olhava ao longe buscando o fim dos trilhos, o vento era suave e meigo ao tocar meu rosto, naquele momento enchia minha mente de bons pensamentos e pensamentos nenhum, pois por horas apenas admirava os pássaros que catavam uma canção desconhecida, o capim que de leve balançava com o toque do vento, o céu antes e nunca tão azul, a água que corria em disparate pelas pedras da cachoeira... o dia era perfeito, pensei em torná-lo infinito, mesmo sabendo que não poderia. E o trem? Descobri que a muito ali não circulava, pois vi o por do sol do mesmo lugar!" 

sábado, 27 de julho de 2013

Estarei!

Estarei preso a minhas opiniões
estarei convicto do que sou sem ser
estarei corajoso quando contra todos lutar
estarei sem forças quando forças tiver
estarei sorrindo quando o humor me faltar 
estarei preso em mim quando o mundo estiver aos meus pés
estarei feliz quando o dia iluminar sem luz
estarei na corrente na aguá que corre
estarei vivo quando o ar me faltar
estarei sóbrio quando meu nome não lembrar
estarei aqui quando penso "estou em outro lugar"
estarei comigo quando me encontrar
estarei junto quando sozinho estiver
estarei louco quando a sanidade me ter
estarei, estarei, estarei...
serei, serei, serei...
amanhã, amanhã, amanhã!!!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A vida é um conto único, onde é necessário apenas lápis, caneta, bico de pena... não pense em borracha, pois é impossível apagar o que fora escrito, a capa deste livro?... bom, você é quem escolhe, verde, azul, vermelha entre outras, mas lembre-se uma capa mais viva chama MAIS atenção, em sua história está aberta  a porta da liberdade, coloque felicidade, choro, ansiedade, conquistas, enfim aquilo que o interessa, só existe uma coisa proibida: lançar sua a história sem aprovação do Editor
NUDEZ!

É muito difícil me ver ou te olhar, estamos sempre de roupas! Haja visto que para muitos a nudez é uma fraqueza. Então nos camuflamos com sorrisos encorajadores, palavras amistosas, ideias progressistas quando na verdade sabemos o que o futuro nos reserva. Eu quero a nudez, a nudez clara e linda, feia e descomunal, simples e humilde, vulgar e egoísta, rica e bela, maltrapilha e suja... não importa, eu só quero a nudez linda e sexy em sua forma de ser!

terça-feira, 9 de julho de 2013

E com vocês...Noronha!


Olá!  É o Jefferson por aqui.

E dessa vez, trouxe o Noronha, o outro colaborador do blog. Mesmo esquema que a Jurema. Boa sorte.

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Sou Noronha, detesto ler detesto livro!

Jurema disse que seria legal alguem que odeia livros postar num blog que fala deles eu mesmo não gostei.

Se é pra dar minha opinião sobre livros, vou falar tudo que quero, acho que ler é coisa de boiola, de viadinho mesmo, maior perda de tempo ficar virando página fudeno as vistas em letra pequena de impressão, onde é que isso ajuda?

Jurema disse que livro ajuda a gente com um monte de coisa, a gente aprende de tudo igual escola, mas já ouvi que o mundo é uma escola então pra que aprender com livro se o mundo ja ensina?

Ela veio de mimimi esses dias tentando fazer eu escreve aqui dizendo que tem livro que mostra pose pra fazer um sexo, falei pra ela vem cá preta, que não preciso de livro não, garrei ela daquele jeito que ela gosta. Ficou tao feliz que fez uns negocio lá embaixo que resolvi escrever aqui. Nao vou falar o que ela fez la embaixo ela que gosta de se exibi com a hora dum sexo mas eu sou timido.

Jurema disse que se eu escreve sempre aqui vai fazer tudo que eu quisé então vou escrevendo quando eu querer alguma coisa diferente. Falar de livro de 50 tons de sei lá o que, e por ai vai.

Pediram pra eu colocar uma foto minha aqui mas nao quero, mas vou colocar a de um cara que parece com eu:



Ta vendo esse cara? sou maior que ele em tudo seriao.


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Jefferson de volta.

Essa coisa escatológica é o Noronha. Jurema e eu combinamos que seria bacana ter uma pessoa que detesta essa coisa de literatura falando aqui no blog. Como ela conseguiu fazer com que ele participasse? Prefiro não saber.
Noronha usando sempre negrito em suas postagens. Mais uma vez...boa sorte. Pra nós.

sábado, 29 de junho de 2013

Saber!
Sabes que sei
e diz não saber
sabe o que sabe
E diz não saber
sabe sem saber
e diz não saber
sabe de tudo e nada
e diz não saber
sabes de mim sem mim
sei de você com você 
e ambos dizemos não saber de nada!

E a Jurema veio!

Pois é, mileanos sem postar nada, vida difícil e corrida, e só o mano Paulo atualizando por aqui...então convidei dois amigos para nos ajudar a tornar isso aqui ainda mais divertido pra todo mundo!
Ah, claro: Jurema,  que é uma das surpresas, vai usar minha conta para postagem. Por quê? Porque queremos assim. Simples.

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Oi! Sou a Jurema e sou bocuda. Então melhor não encher o saco quando eu passar a falar de Crepúsculo (Ed Cullen, lindo *_ *) e de como eu amo essa saga.

A bem da verdade, eu gosto tanto de ler quanto o Jefferson, a diferença é que  ele lê para se divertir, e eu me divirto lendo. São coisas diferentes.

Tive um outro projeto junto com o Irônica Literatura (site do Jeff , e ele odeia ser chamado assim), chamado Red Category, mas não deu certo por falta de divulgação. Como o Livre Literatura está melhor consolidado, resolvi chupar (nessa matéria o Noronha me dá nota dez, heh...) a estrutura da galera e me aboletar por aqui mesmo. Afinal, se é para escrever e falar de tudo, então estou em casa nessa porra <3

Minha intenção quando comecei a falar de literatura (com "l" minúsculo, muito gay escrever "Literatura" ao invés de "literatura") foi a de levar a coisa pro lado do leitor. Eu não me importo com escolas literárias e nem esquento a periquita com qual linha ideológica seguiu tal autor. Mesmo porquê, pra mim, tudo aquilo que dizem que os autores quiseram dizer, na verdade não passa de encheção de linguiça. E disso eu já estou muito bem servida, obrigada. De modo que eu prefiro falar francamente, e não tentando dar aula. Falar como leitora, para leitores.

E eu também escrevo alguns contos! Principalmente eróticos, que uso com o Noronha, quem sabe um dia não posto um ou outro curtinho por aqui? * _ *

E é isso. Essa sou eu. Vou usar sempre essa cor de fonte para me diferenciar do Jefferson. Ah, e como nos conhecemos? Essa história fica pra depois ;)

Um vai tomar no cu, e um beijo pra mamãe e pro papai.

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Aqui é o Jefferson.

Jurema, Livre Literatura, Livre Literatura, Jurema. Devidamente apresentadas.

Em breve, a apresentação do segundo colaborador do site. E eu sempre usarei verde em minhas postagens, me diferenciando da Jurema. E não, espero que ela NÃO conte como nos conhecemos.




quinta-feira, 27 de junho de 2013

As cores explicariam a situação, mas o tempo está tão cinza e a chuva cai sem timidez, esperarei o sol do amanhã na esperança de cores!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Somos tão errantes, por vezes pré potentes, e ainda há pessoas neste mundo que acredita ser melhor que outras. O erro, o engano, a frustração, o choro, está para todos e, classe social alguma impede tais acontecimento, o que por sua vez é o equilíbrio do ser humano, vivemos todo tipo de emoção, cada qual com sua intensidade, mas nunca seremos melhor nem pior do que ninguém, você continuará julgando, enaltecendo alguns, se colocando abaixo de outros, mas a única certeza que temos é que ninguém escapará da morte e esta por sua vez prova que todos nós somos iguais, jamais conquistaremos a imortalidade. Respeite o próximo, respeite quem você é, respeite a vida, respeite os animais, respeite a natureza... Agradeça todos os dias pela dádiva de viver e aproveite ao máximo, pois a eternidade aqui não se encontra!
Nem tudo é entregue de mão beijada, as luzes se acendem conforme você avança, cabe somente a você o próximo passo.

sábado, 22 de junho de 2013

BRASIL:
Protestos ou manifestos:
Há pessoas desprovidas de inteligência que pensam que manifestos é coisa de vândalos e que nossos governantes deveriam botar o exército nas ruas,
Há pessoas que têm conhecimento de que manifestos são legais no Brasil, afinal viva a democracia, porém se sobressaem com vandalismos e a ideia toda vai pelo ralo,
Há pessoas inteligentes o suficiente e sabe como se manifestar pela causa, porém sofrem repressão pela polícia que por sua vez não consegue separar vândalos de ativistas,
Há pessoas que nem sabem o que está acontecendo vê todos pela tv e lá vai participar pensando que é carnaval,
Há pessoas que dizem que depredação é valida, pois depredaram nosso intelecto quando diversos estádios construíram sem saber se era o que queríamos,
Enfim, assim seguimos no Brasil com direitos a: manifestar, votar, casar-se com pessoas do mesmo sexo, ir e vir, expressão, entre muitos outros, porém não sabemos usá-los, e nossos deveres? São atropelados por acharmos que sabemos de nossos direitos.
Nós povos brasileiros estamos caminhando sim para uma mudança, mas precisamos preparar nossa massa cinzenta para que essa mudança seja pra melhor!
Manifeste-se, mas saiba o que está fazendo!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O pior inteligente é aquele que sabe do caminho a ser percorrido, mas espera mudanças climáticas para que o vento o leve onde é preciso, o que por sua vez coloca sua inteligência em questão.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

sexta-feira, 14 de junho de 2013

TODOS OS SENTIDOS E NENHUM

Que a curva encontre sua reta
a cratera caia em um buraco...
que a lua com sua própria luz escureça o sol
e a noite seja tão clara que cause brilho nos desfavorecidos de beleza...
E o mais importante...
que você seja tão inteligente quanto um feto!
DESEJO

Quando sorrir desejo que seja com o coração não apenas com seus músculos faciais,
Quando brincar que seja como uma criança cheia de felicidade nunca apenas pelo ato,
Quando apreciar as águas do mar que seja sem pressa e com verdade, 
Quando disser que ama alguém diga com os olhos fixos no dela,
Quando ler um livro crie a cena,
Quando chorar deixe a alma falar,
Quando uma boa ideia surgir deixe o pensamento fluir,
Tenha prazer no amor e busque a essência da vida...
viva todos os sentimentos com todas intensidades possíveis, no amanhã não sabes se terás oportunidades!
O ato de omitir é tão diferente de ocultar que chega a quase ser uma mentira!

NOTA DO AUTOR: sono master

quinta-feira, 13 de junho de 2013

domingo, 9 de junho de 2013

Viva ao conformismo e sorrisos preparados, diga não a imposição, a luta por um ideal, a melhoria ao coletivo...
Desculpa povo BRASILEIRO já fazemos isso a muito tempo neh?!!não há nada de novo em minha idéia.
Vou pensar em algo mais dinâmico e já volto.
Algumas vezes preciso ler algumas coisas, assistir outras, conversar com outros, mas na maioria das vezes olho pra dentro de mim e descubro muito mais! Esplore seu EU, este é somente SEU!

sábado, 8 de junho de 2013

A ilha





Foi no trigésimo terceiro mês do reinado de Alguém, no ano de Nosso Senhor que não quero lembrar agora, que os homens se rebelaram. Armados dos mais contundentes argumentos, eles resolveram marchar rumo ao céu, dispostos a dar um fim àquela situação.

Chegaram. São Pedro:

-  O que querem irmãos?

A porta voz:

-  Senhor São Pedro, viemos por essa comitiva pleitear uma audiência com Deus.

-  Como isso? Estão pensando que é assim é? Ele está em horário de almoço, e a não ser que seja um assunto de suma importância, não estou autorizado a liberar-lhes a passagem. Sobre o que se trata a audiência?

- Viemos reclamar contra as mulheres!

O santo puxou um ramal direto, pensou duas palavras e depois disse:

-  Entrem irmãos! Final do corredor, segunda porta à esquerda.

A comitiva rapidamente chegou ao escritório. Ele mesmo, de bermuda e chinelo, foi quem lhes abriu a porta.
-  Entrem, entrem. Almoço? Tem para todos aqui.

Sobre a mesa divinal havia uma taça de vinho e um pão simples; Os visitantes se acomodaram e recusaram o convite e o café, e finalmente disseram:

-    Senhor, viemos reclamar da sua invenção mais cruel, pérfida e desumana: A mulher!

-    Poxa, vocês não gostaram...?

- Não é questão disso, Senhor. Gostamos quando elas nos abraçam, gostamos de suas insinuações, e olhares e indiretas, e seus beijos, e seus cabelos roçando em nosso rosto, e de sua pele em nossa pele. A questão, ó Lorde do Universo, é que o Senhor inseriu um evento malévolo na já destrutiva
programação delas.

- Ah, é isso... Aquela parte do código...

- Exatamente, Pai. Por que diabos...

- Epa! Olha lá, hein! Bel estava no cafofo dele e não teve nada com isso!

- Cafofo que, por sinal, Deus, é vermelho também...

- Mas, poxa vida, vocês reclamam demais! Sabem quanto tempo levei para escrever aquela parte da programação?

- Provavelmente muito tempo, Senhor, posto que se não fosse esse detalhe, as mulheres não seriam tão complicadas como são hoje... e isso explica muita coisa...

- Mas foi tudo tão bem planejado...

- Senhor, não estamos dizendo que não foi, e sim que o funcionamento do homem não é compatível com essa... Peculiaridade feminina. É só chegar esse período que começam as tormentas! Tempestades, tsunamis, terremotos... Se as olharmos de  de uma forma "diferente", com a força de cem diabos
("Epa...!"), elas destroem a casa, espantam os animais, assustam as crianças e aterrorizam os maridos, namorados, o que for! Até as almas penadas fogem de uma mulher nesse período! E nos xingam, e esbravejam, e dizem que seríamos nada sem elas, e quando começamos a querer acreditar no que dizem, desabam a chorar, como se nós fôssemos os culpados pela hecatombe que causaram! E
quando vamos consolá-las, voltam com o demo ("Mas deixem o pobre Bel...") nos couros, nos chamam imaturos e idiotas, e botam-nos a dormir no sofá, e exaltam os cachorros a nós, isso quando os cachorros milagrosamente conseguem sobreviver ao ataque psicótico delas. Fora as agressões físicas... O Matias, onde está o Matias, ah, aqui está ele, o Matias, Senhor, teve aquilo amputado...

- Aquilo o quê...?!

- Não Senhor, acalme-se, ele teve só o dedinho da mão amputado porque havia se esquecido de cortar a unha por três anos...

- Pense pelo lado bom, já pode comandar a Capital...

- Qual Capital, Senhor? Ele mal manda na própria casa! E é por isso, Mestre, que viemos pedir então, a retirada justa e automática de todas as mulheres para uma ilha durante essa problemática fase.

- Precisam ser tão radicais assim? Isso é um absurdo!

- Nós já tentamos de tudo, Pai. Já nos escondemos em abrigos subterrâneos (elas nos acharam), já fugimos para as montanhas (foram destruídas), já nos trancamos no cafofo (elas nos expulsaram a todos, incluindo o Bel), já tentamos fugir de avião (disfarçaram-se de pilotos), já nos disfarçamos de
mulher (nos fizeram engolir as calcinhas uns dos outros), tentamos nos camuflar na floresta (quase fomos queimados junto com ela)... Acredite, só nos faltou testar isso. Por isso viemos pedir sua Divina ajuda.

- Mas que história é essa? Isso é loucura! Crie-os com suas chatices também.

- Mas nem por isso as expulsamos de casa ou as fazemos dormir no sofá! Pense bem, Pai: Quando chegamos daquela partida de futebol marota, todos suados e cansados, elas obrigam-nos a dormir no quintal de casa, e ainda por cima, nos obrigam a tomar banho! Será que elas não entendem que gostamos dessa exposição olfativa de testosterona pura? Então, se as incomodamos com nossas
chatices e somos isolados por elas, nada mais justo de que o contrário também ocorra... Senhor.

- Ai meu Jesus...

- Me chamou Pai? - um jovem careca entrou no gabinete divino.

- Não, filho, eu não o chamei, mas... O que diabos você fez no seu cabelo?

- Nossa Senhora, viu pai! O senhor também? Precisamos mudar esse conceito de “Jesus- branquelo – cabeludo - olho - azul – transforma -água-em-vinho”... Talvez tenhamos de voltar à Terra para dar umas aulas aos humanos...apesar de que mamãe disse que eles pintam meu olho claro para
combinar com o xale que deram à ela nas imagens...- e saiu.

- Ahn... Deus...? - timidamente inquiriu a porta voz.

- Ah, claro... Acho que o pedido de vocês, apesar de inusitado e absurdo, é válido, ao menos como uma experiência. Vocês serão atendidos. Mas lembrem-se: Tudo começará a partir do mês que vem, e não vou atender nenhum marmanjo que venha reclamar de saudade da esposa depois.

-    Obrigado, Senhor! Agora podemos desfrutar de um período de paz! Homens! – falou a porta voz – A guerra acabou!

E saíram cantarolando céu afora.

Nesse meio tempo, os homens mudaram. Não mais reclamaram pelas expulsões na base da vassourada, nem chamaram as mulheres de velhas caducas, tampouco ligaram de ter de dividir a casinha do cachorro. Muito pelo contrário, passaram a declamar a poesia existente no ato de se passar a noite fora
de casa, exposto às intempéries tendo apenas um cão como companhia; Exaltaram a coragem de suas esposas, ao desafiar uma força destrutiva como um tornado colocando-a fora de seus domínios; Entoaram cânticos de glória e alegria por tão maravilhosa recompensa terem recebido por ficarem bêbados; Abraçaram-se e cheiraram-se, compartilhando do odor viril e másculo que provinha de seus suores. Enfim, comungaram do prato da macheza e da testosterona.
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Foi no trigésimo quarto mês do reinado de Alguém, no ano de Nosso Senhor, de que não me recordo agora, que uma nova e potentíssima revolta surgiu.

Armado dos melhores e mais contundentes argumentos, o grupo dirigiu-se ao céu, disposto a dar fim àquela situação.

São Pedro, ao ver a ensandecida turba tremer o Paraíso, imediatamente abriu-lhe passagem.

-  Por aqui, por aqui...

-  Deus! – berrou a porta voz – Por que queres nos prejudicar? Que mal ou ofensa fizemos? Há dias que nossas ovelhas estão sem forragem, nossos cães ladram de tédio e nossas unhas estão a encravar! Onde diabos estão os nossos maridos?

-  Epa! Deixem o Bel fora disso! - uma mulher simples apareceu à porta –Além do mais, vocês não vão querer saber para onde eu os enviei.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Chuva



"Não gosto de versos."
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Percebo que ando,
Porém não sinto as pernas
Moverem-se para isso.
É como se  andasse com os pés de outros.

Levado por sensações frias,
Que como mãos fortes,
Me conduzem, inexoravelmente,
Ao meu destino.

Vejo tudo sem abrir os olhos,
Através da pequena janela.
Mas estou tão distante,
Que minha respiração não embaça o vidro.

Talvez seja o sono,
minhas pálpebras estão pesadas.
Queria abrir os olhos e ver o céu,
Que deve estar cinzento lá fora.

Pingos de chuva batem na janela,
Percebo isso, de olhos cerrados ainda.
São de um ritmo estranho,
Como de pessoas às lágrimas.

Tenho um pouco de frio,
Mas estou vestido
Com uma roupa que caiu-me tão bem...
Acho que nunca mais vou tirá-la;

A chuva atrapalha minha mudança,
Coisa essa que não queria tanto fazer.
Vou para a casa destinada aos meus pais, 
Mas que precisei primeiro.

A evolução psicológica através do rock 'n roll e seus mais variados níveis

Existe uma teoria positivista que afirma que para cada fase da vida existem coisas específicas. Não é uma verdade, mas entendê-la com  a representação abaixo fica mais fácil. O fato é que talvez falte bandas ou artistas para enquadrar nos mais variados níveis  uma limitação com a qual a autora que vos escreve ainda tenta lidar. Além do mais, como nada abaixo é verdade, não precisa ser levado a sério (bem como o reconhecimento de alguma possível semelhança com a realidade). 


Vamos aos níveis, do menos complexo para o nível máximo. 


Nível 1: é o típico poser, indivíduo que conhece muito de rock 'n roll manjado. Muito do que toca em rádios. Sabe aquelas rádios de TV a cabo? Que se for pra tocar alguma do Slipknot com certeza tocará Vermillion ou Before I Forget, se for pra tocar Guns'n Roses, tocará Sweet Child O' mine? Então, esse indivíduo é o expert em rádio supostamente de rock. Ele conhece tudo sobre músicas manjadas. 

Suas bandas preferidas são Guns'n Roses, Aerosmith, Queen, Ramones, Evanescence e Nickelback.
Risco de ser poser: 

Nível 2: indivíduo indierocker. Este modelo é um pouco recente, embora a vertente do rock 'n roll denominada indie (de independent) tenha surgido ha muitos anos, com Velvet Underground, David Bowie e até mesmo Pink Floyd, bandas como Foster The People, Arctic Monkeys, The Killers, The Strokes e Black Keys tem trazido fãs no carreto do caminhão, fãs nem sempre fiéis. O caso do indierocker é até preocupante. 
Um indivíduo gostou a vida toda de Legião Urbana e Los Hermanos, duas bandas melancólicas que não existem mais, por exemplo. A solução é gostar do que lhe é mais familiar, mais próximo por causa das letras e o jeito de cantar. Neste caso, as bandas que melhor representam são os brasileiros Mop Top, Vanguart, Vivendo do Ócio, Rock Rocket, Legião Urbana, Los Hermanos e os internacionais já citados acima e mais uma leva de bandas recentes como The Kooks e Alabama Shake, Kings Of Leon e Kaiser Chiefs. 
Risco de ser poser:  
Nível 3: o doente revoltado. Aquele que grita a letra das músicas, que nem sempre sabe o que diz a letra da música, mas berra ela assim mesmo. Neste nível é possível enquadrar um número considerável de bandas e vertentes. Qualquer banda screamo, por exemplo, se enquadra neste nível. Hardcore nacional e neo-punk também podem ser incluídos, qualquer banda que vá de Linkin Park, Limp Bizkit e A Day To Remember até Slipknot, Rammstein, System of a Down e até Incubus. Ou seja, praticamente qualquer banda com mais de um single de cunho crítico social. Além das bandas já citadas, acrescente Rise Against, Rancore, Sugar Kane, Charlie Brown Jr,  Asking Alexandria, Nightwish, Envydust e a grande Avenged Sevenfold. 
Risco de ser poser: 
Nível 4: o viajandão. É o indivíduo que está quase transcendendo. Ele tem reflexões profundas ouvindo músicas de rock progressivo. Praticamente todas as suas bandas preferidas já acabaram, ou se não, já não são as mesmas de quando estavam no auge. Mas ele não se importa com o fato de não ter novidades sobre essas bandas, o que já existe delas ainda tem muito a lhe dizer. Ele só tem que se atentar a um fato: é neste nível que o indivíduo está mais aberto para outros gêneros musicais, o mais perigoso é a MPB e o Blues. Uma vez ouvindo Com Açúcar, Com Afeto, jamais haverá volta do gosto por apenas rock. Os principais representantes deste fabuloso nível pode ser Pink Floyd, Led Zeppelin, Janis Joplin, Raul Seixas, Creedance Clearwater Revival, Os Mutantes e  The Doors. Mas qualquer outra banda entre 1960 a 1978 com letras reflexivas e faixas com mais de 9 minutos cujo o solo da guitarra dura 5 minutos pode se enquadrar neste nível. Este nível só pode ser alcançado com no mínimo 5 anos de culto aos deuses da guitarra e da reflexão.  
Risco de ser poser: 0 

Nível 5: o classicista. Ele é quase o nível 1, mas com uma diferença fundamental: ele conhece de verdade o que está ouvindo. Ele curte todas as bandas clássicas do Rock. De Ozzy a Alice Cooper, de Nirvana a Iron Maiden. Ele conhece discografia de no mínimo 250 bandas, discografia completa, letras de qualquer música incluindo não-single na ponta da língua. Este nível é o chamado geek musical, uma enciclopédia do rock. Corre o risco de ser confundido com o poser típico do nível 1, mas meia hora de conversa sobre Jerry Lee Lewis pode mudar isso. Pode acontecer alguma grande decepção e o indivíduo classicista ao passar pelo nível 4, ter seguido outro gênero musical paralelamente ao seu desenvolvimento no rock. O mais recorrente é o Blues e no caso de uma decepção (que vai desde um divórcio em até o fim de uma banda) o rock pode ser deixado de lado. 


Representantes: superficialmente demonstrando um nível tão amplo que inclui várias bandas já citadas em outros níveis,  temos Eric Clapton, Ramones, Metallica, Jimmi Hendrix, U2, Foo Fighters, Nirvana, Johnny Cash, Elvis Costello, Raul Seixas, Titãs, Coldplay, Oasis, Bob Dylan e qualquer banda que toque alguma música que não esteja na moda por mais de 5 vezes numa rádio devidamente rock. Curiosidade: uma banda que sempre representa muito bem este nível é a trash Velhas Virgens, sabe-se la o porquê.
Risco de ser poser: 
Nível 6: o rockeiro de fato. Ele já ouviu tudo o que podia. Já foi tipicamente poser ouvindo apenas o que tocava no rádio. Ele já foi indierocker ouvindo e reproduzindo Strokes na sua guitarra até seus dedos sangrarem. Ele ja estourou a garganta gritando com o Chester do Linkin Park e já entrou em bad trip ouvindo Shine On You Crazy Diamond do Pink Floyd. Ele devorou álbuns e conheceu tudo o que podia sobre tudo o que já ouviu. Ele estava pronto para os grandes. The Beatles foi o primeiro. Ouviu a discografia várias vezes e demorou anos para perceber que Beatles era diferente. Não seria a repetição que traria para ele algum significado. Seria o quanto uma canção podia marcar sua vida. 

Depois foi a vez de Elvis. O rei. 

Era difícil precisar o quanto ele era culpado por tudo aquilo. Por todo o seu desenvolvimento musical. 

E por último, Rolling Stones. Era sua vida, a música. Cada barulho da sua rotina era uma música. 

Ele tinha atingido o nível máximo da evolução psicológica através do rock 'n roll, poderia se tornar um guru para as novas gerações. 



“coisas-que-você-precisa-saber” sobre o Metrô


Primeiramente, o post a seguir não tratará apenas do metrô, mas também do trem, Mafersa, Alstom, CPTM, ViaQuatro, Fepasa ou qualquer outro sinônimo que você conheça da “minhoca de metal que corta as ruas”.
É o seguinte: sabe aquilo que faz parte da sua rotina, que acaba com você, te cansa, você detesta e se pudesse nunca mais veria de novo, mas mesmo assim, sabe que isso é impossível porque tudo o que é bom é relacionado a isso e no fim você não tem nenhuma chance de eliminá-lo? O metrô é assim, principalmente em São Paulo. Se tornou a cara da cidade, já que você consegue ir para qualquer canto apenas com uma passagem de 3,00 reais. Só que tem coisas que você precisa saber.
  • Fuja para as colinas se por acaso tiver que entrar numa estação de metrô próximo a alguma instituição de ensino superior. É aterrador se sentir em um enlatado com um bando de estudantes cheios de livros e uniforme do curso de Educação Física encharcado de suor. Fuja, é sério.
  • Horário de pico é balela para algumas estações. Sé, Barra Funda, Luz, Brás e principalmente Pinheiros, não existe essa história de horário de pico. Todo horário é de pico para estas estações. É comum ouvir algumas recomendações de gente mais velha antes de começar a enfrentar os trens e metrôs, como a famosa “evite a Sé as 6 da tarde”, no caso, o correto seria adaptar para “evite a Sé”, somente.
  • Quanto mais antiga a linha, mais tempo no trem. Existem linhas pré-históricas por aí. Em São Paulo, as linhas 7, 8 e 9  da CPTM surgiram em tempos muito remotos e mesmo com os novos trens (aqueles trens sem divisões, que liga um vagão ao outro com sanfonas), não conseguem resolver este problema da lentidão devido ao desgaste da linha. Na verdade, a linha 7 é um caso perdido em São Paulo. É, sem sombra de dúvidas, a pior linha de toda a malha ferroviária, e talvez por isso os trens mais antigos circule nela, ou o contrário. A linha 7 também é a única linha cuja a voz que anuncia as estações não foi padronizada. Há cerca de 5 anos, todos os trens e metrôs passaram por uma padronização cuja a voz que anuncia as estações é senão a mesma, muito parecida com a voz da mulher do Avast. EXCEPTO a linha 7, Rubi da CPTM que continua com a voz de vendedor de churros em todas as estações, chamando a atenção vezes ou outra de quem segura a porta ou quem senta no meio do vagão.
  • Primeiros trens do dia são lendários. Isso vale para território nacional, isso é regra básica de convivência no trem ou metrô. Se você entrar no primeiro metrô do dia, você verá gente vomitada, bebâda, chapada, cambaleando, ensanguentada, sem sapatos, com roupas rasgadas,  tatuagem nos olhos, portando armas de fogo, quase nú, pedindo dinheiro, encharcado de cerveja, todo e qualquer tipo de gente insana voltando da noite. Em São Paulo, a maior parte é facilmente encontrada na Linha Amarela, que vem da Av. Paulista. Observe sempre ao sentar num banco, ele pode estar vomitado.
  • Mendigos! Toda estação, repito, TODA ESTAÇÃO, tem mendigos. Seja Sumaré ou Praia Pequena, sempre haverá mendigos querendo te filar.
  • Comércio de muambas em geral é a coisa mais legal do mundo dentro de um metrô ou trem, sendo mais fácil encontrar nos trens. Você pode comprar qualquer coisa no metrô, canetas, chaveiros, amendoins, calcinha, sutiã, bloco mágico, bonecas, cópias de dvds não autorizadas (todos os gêneros), dentaduras, roupas, bolsas, juízo, comida congelada, fogão, computador, torradeira, ferro de passar, camisinha, sapatos. E tudo por preço de banana. Só que nem é preciso falar que isso só acontece em trens vazios, ou seja, o comércio de muambas anda meio em falta em algumas linhas.
  • Tenha educação. Isso é realmente difícil para quem embarca na linha vermelha do metrô sentido Corinthians – Itaquera, mas faça o maior esforço possível para não encoxar alguém, tire a mochila das costas, não espirre ou tussa na cabeça de alguém, use desodorante, evite falar alto, não ouça músicas sem seu fone de ouvido,  não fique com as axilas na cabeça de ninguém ou o pênis no ombro de alguém.
O metrô agradece e lhe deseja uma ótima viagem.