domingo, 6 de abril de 2014

Não me responsabilizo, na boa.



Nada de poemas hoje, mensagens subliminares e etc.

A vontade é de gritar. Gritar pra caralho!

Berrar aquela sacanagem toda, de que superação de cu é rola e que espírito evoluído é o meu ovo. O direito. Sou canhoto e gostaria de preservar a bola esquerda. Obrigado.

Sério, cacete! Eu quero derramar aquela acidez, aquela coisa corrosiva e pútrida que tenho (e que todo mundo tem, também), e que os bons costumes recomendam que deixe guardado. Guardado em que lugar? No rabo? Ah, tenha dó! Do meu traseiro! Nem ele, que só faz merda, merece tanta putaria (e olha que nem é ele na verdade quem produz, mas enfim).

Diz aí, quem é que nunca sentiu vontade de chutar a porra do pau da barraca depois de uma grande merda? Que é que veio depois da Crise de 29? A guerra! Geral tocando o foda-se. E  nem vem com essa de que "veio o New Deal", porque New Deal é minha piroca.

Cansado, porra. Muito cansado de remoer. De ruminar. De imaginar mil coisas, de como teria sido o Big Bang se, ao invés de surgir tudo da explosão de um ponto minúsculo, surgisse tudo da explosão da porra duma cabeça em particular. O cosmo seria feita de miolos, cornos e sem-vergonhice?

O foda dos fodas é saber que não há culpados e vilões. Há um erro, e talvez uns trinta centímetros de jeba em estado letárgico, um veículo automotor e uma grana.

E um insolente, que não cansa de passar a maldita fita de memórias ao som de Slipped Away

Filho da puta.

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