segunda-feira, 20 de maio de 2013
Chuva
"Não gosto de versos."
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Percebo que ando,
Porém não sinto as pernas
Moverem-se para isso.
É como se andasse com os pés de outros.
Levado por sensações frias,
Que como mãos fortes,
Me conduzem, inexoravelmente,
Ao meu destino.
Vejo tudo sem abrir os olhos,
Através da pequena janela.
Mas estou tão distante,
Que minha respiração não embaça o vidro.
Talvez seja o sono,
minhas pálpebras estão pesadas.
Queria abrir os olhos e ver o céu,
Que deve estar cinzento lá fora.
Pingos de chuva batem na janela,
Percebo isso, de olhos cerrados ainda.
São de um ritmo estranho,
Como de pessoas às lágrimas.
Tenho um pouco de frio,
Mas estou vestido
Com uma roupa que caiu-me tão bem...
Acho que nunca mais vou tirá-la;
A chuva atrapalha minha mudança,
Coisa essa que não queria tanto fazer.
Vou para a casa destinada aos meus pais,
Mas que precisei primeiro.
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